Terça-feira, 2 de Agosto de 2022

Tarde de Verão

Encontraram-se num qualquer final de tarde de Verão...

Quente QB, a pedir uma bebida fresca numa esplanada, ao som de uma melodia alegre, porém, discreta... Saboreando uma brisa agradável, à medida que o sol se punha, temperada por gargalhadas sinceras...

Ela estava de chegada...

Ele de saída...

Ainda assim, souberam que aquele tempo era o seu destino...

Prolongaram-no, enquanto foi possível, nem sempre de modo tranquilo, mas com plena noção de que aquele cruzamento ficaria para sempre marcado no mapa da vida de ambos...

Ela continuou...

Ele também, mas partiu noutra direcção...

Mas, no fundo, sempre que o sol se põe, em tons alaranjados, e desaparece no mar, celebram juntos aquele final de tarde de Verão...

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Bjs

Ana

 

 

 

 

 

 

 

publicado por Leogirl às 22:43
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Sábado, 10 de Outubro de 2020

Estilhaços

Dos dias...
Em que se questiona...
Interroga o mundo...
Tenta entender as pessoas... Mesmo sabendo que não vale a pena...
Em que tem dúvidas sobre o que a rodeia...

Dos dias...
Em que morre mais um bocadinho dela, da sua inocência e boa fé, num tortura lenta e entorpecedora...
Numa dor que até pode notar-se pouco, aos olhos dos demais, mas vai ferindo...

Dos dias...
Em que há mais um estilhaço pisado que se parte em outros tantos bocadinhos... Como se um estilhaço não fosse mau o suficiente, por si só...

Dos dias...
Em que fecha ideias, sonhos, medos, vontades e palavras naquele baú tão cheio...

Dos dias...
Em que as lágrimas correm, fugidias... Escondidas, aprisionadas...
Em que quer gritar! Respirar! Esquecer! Fugir! E ficar...

 

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publicado por Leogirl às 20:40
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Segunda-feira, 13 de Julho de 2020

Roubaram-me a Primavera (e não só...)

É o que sinto...
Sem saber bem definir esta estranheza que me invade nestes tempos pandémicos...
Tenho a sensação de que passei directamente da neve de Newcastle, na madrugada em que regressei a Lisboa, algures no final de Fevereiro, para as havaianas, a areia nos pés e os mergulhos no mar, de um Junho que, de tão estranho (e de repente), já é Julho!
Faltou-me o dar conta dos dias maiores... De estar sol à hora de sair do trabalho...
O já ter dúvidas se vale ou não a pena levar o casaco de manhã, quando saio de casa... Mas também aqueles dias cheios de sol e com friozinho à mistura...
Faltou-me o fim oficial dos treinos (fiquei com o forçado), as maratonas de volleyball que se realizam logo de seguida, o saber se a Taça Inatel seria ou não nossa esta época...
Faltou-me o derradeiro jogo da época em Alvalade (com consciência plena disso mesmo) e aquele golo de livre do Mathieu...
Faltou-me ver o Miguel Maia fazer um passe perfeito, de costas, para o último remate imparável de esquerda, do Dennis, no Pavilhão João Rocha, com a verde e branca listada e o leão ao peito...
E os Santos Populares... As entremeadas, as bifanas, o chouriço assado e as farturas, (que eu não sou fã de sardinhas)! Até me faltaram as Marchas na Avenida...
Faltaram-me beijos e abraços efectivos (virtuais não faltaram) das pessoas de quem mais gosto...
Faltou-me a beleza do colorido do jacarandá que me dás os bons-dias e as boas-noites, quando abro/fecho a janela do meu quarto... Ao contrário de todos os outros à sua volta, este ano, estranhamente, não floresceu...
Roubaram-me a Primavera!
 

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publicado por Leogirl às 20:15
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Terça-feira, 14 de Abril de 2020

O dia em que me irritei com as televendas


Gostava de perceber por que raio os produtos (da banha da cobra) que fazem emagrecer com o mesmo esforço de levantar uma pluma só fazem anúncios com pessoas que nunca na vidinha foram gordas... Com tops minúsculos e calças justas, tamanho XXS, abdominais definidos, uma barriguinha lisa, sem 1 graminha de gordura e uma cintura de vespa... Tudo porque tomaram o produto x ou usam a cinta y!



Qualquer pessoa que já tenha feito dieta na vida, de preferência acompanhada por um nutricionista, (ou que tenha 2 dedos de testa) sabe que não há resultados sem esforço, motivação, exercício e, sim, obviamente, privação. Desenganem-se, não há fórmulas mágicas e milagrosas que não passem por "fechar a boquinha".



Outra coisa que me irrita solenemente são as pessoas magras que passam a vida a dizer que precisam de "perder uns quilos" (deve ser nas orelhinhas), só pode... Pior, quando fazem questão de partilhar a idiotice à frente de alguém que tem dificuldade em fazer com que a balança mostre um número mais baixo e precisa, efectivamente, de perder peso. E quando tentam, furiosa e ridiculamente, agarrar um pneu que nem sequer têm?! Please....



Ah, e dizer a alguém "estás tão/muito gordo/a", é de uma falta de tudo, sobretudo, de sensibilidade... Mesmo que se diga que não, é incómodo, desagradável e, sim, pode ser, até, ofensivo. Sabe-se lá quais as dificuldades por que essa pessoa passou, se está doente, a fazer um tratamento, se até já perdeu algum peso e está a meio de um processo ou se se está a borrifar e não quer nem saber!



A coisa piora, quando a frase é dita por alguém que não se conhece de lado algum, estilo "empregado de restaurante" que acha porque alguém é gordo é porque come, obrigatoriamente, muito, não faz desporto, não isto, não aquilo... E faz uma piadinha idiota porque se acha super engraçado.



Eu faço desporto.

Eu mexo-me mais do que muitas pessoas com um peso bem menor do que o meu.

Eu já trabalhei a andar 13 km por dia a pé.

Eu sou saudável.

Eu não como por 3.

Eu sou uma pessoa bem resolvida.

Eu, imagine-se, sou gorda!!!



Parem de estereotipar as pessoas! Guardem os palpites e as considerações onde o sol não chega, sff!



PS - isto também é válido para as pessoas muito magras, que levam com o filme do "aí, estás tão magrinha/o"

publicado por Leogirl às 21:51
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Quarta-feira, 26 de Fevereiro de 2020

Ainda há esperança na Humanidade

De regresso à rotina, depois de quatro dias de férias com aviões atrasados, escalas, sol, chuva, vento gelado, neve e um casamento pelo meio 😀, lá fui eu apanhar o metro no meu habitual percurso: Telheiras - Martim Moniz.
Comecei logo com uma corrida matinal a descer as escadas a 4947204219 km/h e a entrar na carruagem já com o sinal sonoro a apitar. Apercebi-me então de que até estava a apanhar o metro mais cedo do que é costume.
Sentei-me, retomei o fôlego e não me apeteceu tirar o telemóvel do bolso, como faço habitualmente...Campo Grande (e a habitual enxurrada de pessoas a entrar e sair), Alvalade... e quando o metro pára na estação de Roma, dou por mim a virar a cabeça para ver a quem pertencia a vozinha infantil que vinha a cantarolar.
Não teria mais de 6/7aninhos, mulatinho e com um cabelo afro mega fofo, a pedir para ser afagado. Sentou-se ao meu lado. Estava acompanhado pelos pais, um casal branco, na casa dos 40 e muitos. A primeira coisa que fez, após ter-se sentado, foi fazer um pedido à mãe: "Quero ler. Dás-me o livro, sff?" Inconscientemente, senti-me a rebentar de orgulho por esta criança que não conheço de lugar algum. Não pediu o tablet, nem um telemóvel, mas sim UM LIVRO!
Enquanto a mãe lhe dizia para endireitar as costas e recostar-se no banco e comentava com o pai algo sobre uns sapatos que estavam grandes ao miúdo e sobre o facto de ser preciso comprar outros, ele embrenhava-se na história, que, pelos desenhos, percebi ter a ver com o Natal.
Parou. "Não sei ler esta palavra". Mostrou o livro aos pais e eu espreitei e deparei-me com "espontaneamente". Depois de o terem ajudado, a mãe perguntou-lhe se sabia qual o significado da palavra. Abanou a cabecita, desapontado, mas curioso. "O pai explica..."
Perante algum atabalhoamento e uma definição que me pareceu pouco simples para ele, virei-me e disse-lhe: "é quando fazes uma coisa sem pensar. Fazes como se fosse automático". Fitou-me com os seus grandes olhos castanhos e exclamou: "ah!"
"Mãe, sabes que na enciclopédia há uma palavra com 17 letras? Não me lembro qual é porque não consegui lê-la, mas está lá para a página 70 e tal..."
Dei por mim a sorrir...
"Então e depois de terem embrulhado tantos presentes, o que é que aconteceu na história?"
"Vão comer frango com batatas fritas!"
"No Natal?" - questionou a mãe, num misto de incerteza e riso...
"Sim, mas não se passou ainda nada de especial, também só vou na página 18...", justificou.
As estações foram passando e chegou a do Martim Moniz. Levantei-me, disse "bom-dia" aos pais, fiz-lhe uma festinha nos cabelos afro, sorri e disse-lhe: "ainda bem que gostas de ler. É uma coisa muito importante".
Fez um ar sério e sorriu-me de volta.
Comecei o dia com esperança na humanidade e a pensar que, de facto, não interessa se são biológicos ou adoptivos, de raça diferente ou igual, um pai e uma mãe, dois pais ou duas mães... O importante mesmo é que haja amor e que sejam passados valores que permitam às crianças serem adultos responsáveis, educados e... que gostem de ler! 😊📗💚 #anitanometro #educação #umlivroumamigo
 
 

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Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2020

Ai, Mouraria....

Depois das ruas do Bairro Alto e do Príncipe Real, o novo trabalho trouxe-me até à Mouraria. E se nos primeiros casos, circulava, essencialmente em vias residenciais, no segundo, nem tanto.
Cores, cheiros, sabores, desde que saio do metro e atravesso parte do Centro Comercial da Mouraria e entro neste mundo a que nenhum dos sentidos fica indiferente.
Não sei ao certo as nacionalidades dos vendedores, creio que há de tudo um pouco, por entre colchas coloridas, roupa, lojas de telemóveis (porta sim, porta sim, e com anúncios à Lycamobile em todos eles), souvenirs para os muitos turistas que por lá circulam, um sapateiro, óculos de sol e relógios de marca não identificada, chapéus e capas para a chuva, porta-chaves peludos e lingerie assustadora… Hehe!
E os cheiros? Especiarias, frutas, legumes, alguns que nem sei o que são… Tudo isto até chegarmos às escadas que dão acesso ao Martim Moniz.
Cá em cima, não é assim tão distinto, passando a haver ainda mais variedade. Aos estabelecimentos anteriores juntam-se os restaurantes chineses, indianos, vietnamitas, paquistaneses, do Bangladesh… com ofertas que o meu paladar rejeita por não gostar de comida muito condimentada, caril e afins.
Há também um sem número de papelarias, esse mundo que eu adoro… cadernos, canetas, lápis, dossiers, folhas coloridas… Aquele cheirinho a papel novo… Como eu era uma criança feliz no “Regresso às aulas”, naquelas idas às compras com a lista de material para a escola…
Por entre uma loja de ferragens, com parafusos do XXS ao XXL e tudo o que se possa imaginar nesse mundo que não domino, há a Doce Mila, famosa pelos pastéis da Mouraria, lado a lado com um centro de explicações, que tem quase sempre à porta, desejosos de aprender Português, chinesinhos/as pequeninos/as, fardados da escola, elas com totós e saias plissadas, eles de calções e camisas brancas, que, com sorte, nos brindam com um "olá!".
Não posso deixar de realçar um relojoeiro, uma loja parada no tempo, a fazer lembrar as de há umas décadas. Pertence a um velhote português, abatido e com olhos tristes, a quem costumo dar um sorriso sempre que nos cruzamos, quando desço a rua, no final do dia de trabalho, e vou em direcção ao metro. Um dia destes talvez pare lá e troque dois dedos de conversa com ele. Aposto que deve ter “estórias” para contar…
Há outro ramos que proliferam por entre as ruas da Mouraria: marroquinaria, bijuteria... Indiana, chinesa… Roupas de cores fortes e colares vistosos, em tons de dourado, enchem as montras, fazendo lembrar, em versão imitação, os de ouro de Viana do Castelo. Malas, bolsinhas, chapéus, porta-chaves… tudo em cortiça, rivalizam com cachecóis coloridos dos clubes de futebol cá do burgo e até do Flamengo de Jorge Jesus.
As lojas chinesas, fazendo concorrência séria ao Ali Express (que também vende a partir do mesmo país), estão cheias de fios, brincos e afins, além de contas de todas as cores e feitios para os/as habilidosos/as que conseguem fazer “coisas giras” com essas matérias-primas.
E as mercearias? Ao lado de uma loja de macrobiótica (filha única, diga-se), proliferam como cogumelos, em frente e ao lado umas das outras. Concorrência pura e dura! Algumas fazem-me lembrar o “lugar da D. Aurora”, onde ia às compras com a minha avó, quando era miúda. Ficava mesmo por baixo do prédio em que moravam os meus avós, no Areeiro, e tinha de tudo um pouco: fruta, legumes, iogurtes e uns requeijões óptimos, numas caixinhas com buraquinhos, que depois de lavadas serviam para eu brincar.
Mas voltando à Mouraria e também um pouco à zona da Almirante Reis. Tal como o relojoeiro do velhote, há mesmo lojas que parecem paradas no tempo. As que vendem lençóis e toalhas, sobretudo. E as de bugigangas, panelas, tachos e afins. Questiono-me como sobrevivem e fazem face à concorrência de um mundo que não pára nem se compadece com “os que ficam para trás”.
Também não faltam as “tascas” portuguesas. Pode comer-se bem e barato (e sem saber a caril… hehe), se tivermos vontade de “espiolhar” ruas mais dentro do bairro em busca de um petisco bem “tuga”. Para isso, talvez seja preciso subir e descer um pouco, atravessar ruas apertadas e andar a pé, mas, no fim, vai valer a pena.
Porém, nem tudo são rosas… A droga, a pobreza e a prostituição são realidades neste bairro lisboeta. Não faltam sem-abrigo a dormir pelo chão, embrulhados na pouca roupa que têm, tapados com cobertores e ou cartões, tentando fazer frente ao frio que se faz sentir.
Paralelamente, por entre esta miscelânea sensorial e de nacionalidades, os bem lisboetas eléctricos “rasgam” a pintura, circulando a abarrotar de turistas, nas ruas apertadas da Mouraria. Não me livro de ter de lhes dar indicações na paragem, sabendo de cor e salteado que procuram o 28 para subirem ao Castelo e passearem pela nossa linda Lisboa, naquela que é uma das carreiras de eléctrico mais carismáticas da cidade. Mas, na realidade, não me importo… Até gosto, na minha habitual interactividade com o que me rodeia.
Conhecem a Mouraria? Passem por cá e digam coisas! 😊
“Ai, Mouraria
Dos rouxinóis nos beirais
Dos vestidos cor-de-rosa
Dos pregões tradicionais…”
 

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publicado por Leogirl às 11:07
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Sábado, 23 de Novembro de 2019

O meu Natal foi hoje...

Estou de férias. Primeiro e último dia, na verdade. Decidi há algum tempo que hoje ia aos CTT ver os ex-colegas e ia fazer o meu antigo giro para visitar os locais e as pessoas que fizeram parte do meu dia a dia durante 8 meses. Já que, numa semana normal de trabalho, é impossível.
E... Não podia estar de coração a transbordar de mais amor, carinho e alegria. Mesmo! 💚
Fui tão bem recebida, com tanta felicidade genuína, tanto calor, muitos sorrisos e algumas lágrimas (de alegria), que é impossível sentir-me de outra forma que não a explodir de gratidão e com aquele brilho nos olhos. Caramba!
Comecei pelo CDP... Já tinham saído praticamente todos para a rua, mas ainda deu para rever caras conhecidas e perceber que as encomendas e os EMS eram mais do que muitos! Carteiro sofre!
Pus pés ao caminho... Não falhei o elevador da Bica (estava a funcionar... uff), cafés, lojas, restaurantes... E casas particulares... Uma data de degraus subidos e descidos para abraçar, dar beijinhos e desejar Boas Festas.
A Dona B., hoje, depois de um abraço apertado e uns quantos beijinhos, "obrigou-me" a entrar, mostrou-me a casa toda, "tudo limpinho e arrumado", como fez questão de salientar, e estive sentada na sala, à conversa com ela, mais de meia hora. Uma delícia. A fazer-me lembrar as saudades que tenho dos meus avós e a falta que me fazem. Ficou prometida uma outra visita para bebermos chá e comermos um bolo que ela vai fazer, claro está!
A Dona L. também encheu os seus pequeninos olhos azuis de lágrimas quando me viu, do alto dos seus 88 anos. Estava sozinha, como é habitual, e "não tem estado bem. Problemas cardíacos...", explicou-me, combalida. Não sabe ler. E, também por isso, criou-se uma relação de proximidade sempre que lhe tocava à porta e tinha de ajudá-la com a correspondência. Procurou nas suas gavetas um paninho da sua autoria que fazia questão de me oferecer. Só não o trouxe porque não tinha sítio onde o guardar, mas ficou apalavrado para outra visita.
(Outra) Dona L. nem estava a acreditar que era eu, quando subi ao 2o andar e lhe bati à porta. Só me dizia que estava "a comer sopa de peixe" e pedia desculpa pelo eventual cheiro a comida, quando lhe dei 2 beijinhos. "Estou tão contente por vê-la. Obrigada por se ter lembrado e me ter vindo ver".
Passei pelo convento de Nossa Sra dos Aflitos, para visitar a M. e trocarmos umas gargalhadas e pelo condomínio da Travessa da Horta, onde encontrei o segurança F..
Não falhei a campainha da Dona E., com a qual fiquei de ir lanchar um dia destes e apanhei o M., dono do Cusca Café (que estava fechado), no meio da rua.
O arquitecto L., na sua alegria habitual, fez uma verdadeira festa quando lhe toquei à porta.
Fui à Barca de S. Vicente e às Galerias Ratton, onde, como noutros sítios, me disseram que tinham saudades minhas.
Ao almoço, tinha os meus rissóis favoritos à espera, na Despensa da Academia, assim como a simpatia da S., a proprietária, das meninas da cozinha, que (ainda) sabem de cor que a minha salada não é temperada e só leva cenoura e alface, e de vários clientes habituais do restaurante que me reconheceram e saudaram.
Depois de recuperar forças, continuei o giro. Troquei cumprimentos com mais umas tantas pessoas, umas com que me cruzei, por acaso, outras a quem toquei à campainha, e a tónica de felicidade manteve-se.
Não podia deixar de ir visitar o Sr. B., que já encontrei, mais do que uma vez, no Estádio de Alvalade, que ficou exultante e tão mas tão contente e me chamou, como é seu hábito, Aninha.
Pelo meio das ruas que fizeram parte do meu quotidiano durante tantos meses, cruzei-me com o novo colega (que não conhecia) que está agora a fazer o meu antigo giro. Estivemos a conversar e trocámos algumas impressões. Ainda houve tempo para um dedo de prosa com um colega que passou por mim na carrinha dos CTT.
A volta terminou com uma passagem pela oficina do sr. I. e
um abraço
 
ao sr. B, segurança do Condomínio dos Inglesinhos e leão dos 7 costados, como eu.
A bicharada é que ficou em falta. A Margarida, o Rex e o Bacon devem estar de férias 😊
Houve quem dissesse, com graça, que nem me "estava a reconhecer sem os ganchinhos", mas, de uma maneira geral, toda a gente sabia quem eu era, perguntaram-ne pelo novo trabalho e acharam que estava com um ar feliz...
Saí de casa com nevoeiro...🌫️
Regressei com sol... ☀️
Não sei o que os próximos dias me reservam, mas o meu Natal foi hoje. E, na realidade, também foi um bocadinho, todos os dias, entre Janeiro e Setembro deste ano, que teve tanto de inesperado como de fantástico...
Desejo-vos um Feliz Natal 🎄🎅 e um 2020 🎆 tão cheio de experiências maravilhosas como foi o meu 2019! #anitacarteira #CTT #CDP1200 #UA130 #loveisallaround #merryxmas #2020
publicado por Leogirl às 18:23
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Quarta-feira, 13 de Novembro de 2019

Amor ao próximo

 

Sempre gostei de observar o que me rodeia... Não por cusquice, mas pela busca de conhecimento que tanto me caracteriza... Depois de ter trabalhado durante 8 meses nos CTT, como carteira, e ter lidado diariamente com um grande número de pessoas, extremamente distintas, creio que outra altura que me permite observar os comportamentos dos seres humanos são as viagens nos transportes públicos...
Hoje, entrei num autocarro de uma carreira que nunca tinha apanhado antes... Só porque não me apeteceu ir de metro e preferi "ver as vistas" à superfície... Na paragem estava um velhote que falava sozinho, baixinho, num discurso coerente mas sem interlocutor. Isso afligiu-me, como sempre acontece nestas situações, com pessoas mais velhas... Na minha cabeça surgiram logo inúmeras questões... Viverá sozinho? Terá alguém que o acompanhe? Filhos? Netos? Saberão desta situação? Será algo permanente ou estaria apenas perturbado com alguma coisa momentânea?
Ainda não estava refeita deste turbilhão de perguntas, quando reparo numa agitação no meio do autocarro, após uma chamada de atenção do motorista, para um homem, talvez nos seus 30's/40 e poucos, que, extremamente agitado, fazia gestos bruscos com pernas e braços, incomodando quem passava e quem estava sentado junto a ele. "Está lá quietinho", pedia o motorista, em tom paternalista, controlando-o pelo espelho.
Não sei se estava mentalmente perturbado, se estava a ressacar com falta de drogas ou de medicação ou tudo junto. Avancei pelo corredor do autocarro e, como era na parte de trás que havia lugares vazios, tive, obrigatoriamente, de passar junto a ele. Fi-lo consciente de que ele poderia acertar-me, mas sem mostrar medo. No meio dos gestos imprevisíveis e plenos de força descontrolada, agarrou-me a mão e beijou-a, seguindo de imediato na sua "ginástica" bruta de movimentos descompassados, como se tivesse tido um momento de lucidez súbita. Fiquei tão surpreendida que não tive qualquer tipo de reacção. As pessoas em volta, sorriram-me, no meio da apreensão que se sentia no ar.
Sentei-me e continuei a observá-lo, num misto de sobressalto e compaixão. As questões voltaram a assaltar-me. Terá família? Se sim, deixam-no andar sozinho, neste estado de agitação? Levantou-se para sair... Continuou aos repelões, acertando em quem estava sentado no autocarro e dando murros na porta.
Chegou a paragem dele... Saiu... E prosseguiu na sua "dança", perante os olhares espantados e até assustados de quem passava na rua...
Continuou no meu pensamento no resto do caminho, assim como o velhote que conversava com ninguém...
Quantas pessoas vagueiam sozinhas por aí, dia e noite, algumas doentes, outras não, sem alguém que as abrace, as conforte, as ajude ou, simplesmente, fale com elas...
Quando foi que nos tornámos tão irresponsáveis, tão indiferentes, tão desprovidos de amor pelo próximo?
publicado por Leogirl às 12:00
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Quarta-feira, 11 de Setembro de 2019

Em jeito de despedida...

Durante 8 meses, acordei às 6h40, apanhei o metro, fiz a linha verde de uma ponta à outra, para entrar às 8h, e andei 13 km a puxar um trolley e a entregar correio, entre o Bairro Alto e o Príncipe Real. Fizesse chuva, frio de bater o dente, vento, sol ou um calor de morrer. Foi duro, cansativo, fez-me calos na mão, mas também se traduziu numa experiência inolvidável, sobretudo do ponto de vista do contacto humano.
 
CONHECI... um sem número de pessoas, locais e também animais (destaco a Margarida, que ladrava desde que ouvia o barulho das rodas do carrinho a entrar na rua dela até eu lhe sair da vista; o Rex, gato curioso e sempre a espreitar a ver se me saltava para dentro do trolley; e o Bacon - podem segui-lo no Instagram -, o porco-residente de um cabeleireiro em pleno Bairro Alto)...
 
MEMORIZEI nomes, ruas, hábitos, caminhos, números de porta...
DISSE... "bom-dia", umas centenas de vezes por dia e sorri em todas elas...
TOQUEI à campainha mais vezes do que todos os miúdos traquinas que se divertiam a fazê-lo e depois fugiam às gargalhadas...
 
GRITEI "correio" nem sei em quantas ocasiões... E, foi muito raro, do outro lado, não receber um sorriso, um bom-dia, respeito, simpatia e consideração por mim e pelo meu trabalho.
 
APRENDI... tantas coisas das quais não tinha noção.
 
RESPIREI... todos os dias a trabalhar ao ar livre e ao meu ritmo e, com o sentido de missão cumprida, sempre que avistava o condomínio do Convento dos Inglesinhos, última porta do meu giro...
 
ANDEI... nem sei quantos km, por entre subidas e descidas de ruas que antes nem sequer conhecia.
 
RECLAMEI (maioritariamente, só para mim)... com as 3833838388 mil cartas registadas com multas da EMEL que apareciam para entregar todas no mesmo dia; com as encomendas grandes e pesadas e os milhentos pacotes vindos da China; com as revistas da DECO, do ACP e do INATEL; com as caixas do correio demasiado pequenas e cheias de pó; com os 4os e 5os andares sem elevador e qualquer coisa para ir lá entregar... Também torci o nariz ao "Prédio do Inferno" com 30 ou 40 tal "receptáculos postais" pessimamente identificados (o caos absoluto) e sempre que tive de ir "fazer dobra" (parte de outro giro que não o meu) na Rua cor de rosa ou noutra qualquer, e, claro, quando o Elevador da Bica (no qual andava duas vezes ao dia) parava sem aviso prévio...
 
CONFIRMEI... ter capacidade, vontade, resiliência e resistência para fazer um trabalho que nada tem a ver com o que quer que seja que já tinha feito antes, profissionalmente.
DESCOBRI... a Despensa da Academia e o Cusca Café (os meus dois spots da hora de almoço), a transbordarem de gente simpática e comida caseira... Recomendo!
 
FALEI... com tanta gente, em Português, Inglês e Francês...
 
AJUDEI... turistas que passeavam a olhar para mapas, desejosos de conhecer Lisboa; portugueses em busca de ruas e locais; idosos com dificuldade em levar as compras, subir degraus ou fazer algo tão simples (mas para eles, por vezes, tão difícil) como vestir um casaco... Ou até outros que não sabiam ler e precisavam de alguém que os orientasse com a correspondência que recebem...
 
ABRACEI... velhotas que estão sozinhas, à espera de que o Correio lhes traga o vale da pensão, a renda, a água ou a luz para pagar, mas também aguardam por um sorriso e alguém para conversar alguns minutos.
 
CHOREI.... comovi-me com histórias de vida e com o desaparecimento de uma pessoa com a qual contactei ao longo destes 8 meses.
 
RI e SORRI... com situações inesperadas com as quais me deparei; com a felicidade dos estrangeiros que recebem um título de residência (um brasileiro, histérico de felicidade, até me deu uma caixa de chá para as pernas cansadas) ou dos velhotes que recebem o jornal da sua terra ou do seu clube (só entreguei jornais do Sporting, óbvio... Hehehe) 🙂
 
AGRADECI... a bondade de todos os que me ofereceram água em dias de muito calor e chapéus de chuva, quando o céu estava a desabar e a calçada polida escorregava tanto que tinha de andar a 2 km/h para não partir uma perna; as peças de fruta que, mais do que uma vez, insistiram que levasse para "confortar o estômago e passar melhor o dia", e também sempre que me deixaram usar o WC nos locais onde levantava os sacos de correio, em restaurantes e cafés...
 
CONTACTEI... com tanta gente, tão diferente, desde embaixadores, actores, políticos, artesãos, porteiros, seguranças, empregadas domésticas... a simples sem-abrigo que me cumprimentaram, educadamente, todos os dias ou até os "loucos de Lisboa" que vagueiam por aí...
 
VIVI... para crescer enquanto pessoa, e para ver o bom trabalho efectuado reconhecido por muita gente que ficou a conhecer-me pelo nome (ou pela "carteira dos ganchinhos coloridos") e que, embora contente por eu ir abraçar um novo desafio profissional, lamenta que me vá embora.
 
Obrigada a todos os que se cruzaram comigo neste meu caminho e contribuíram para que, ao longo destes meses, eu fosse uma pessoa FELIZ e terminasse esta missão de coração cheio!
💚📮✉️📫 #anitacarteira #ctt #cdp1200 #UA130
 

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publicado por Leogirl às 16:22
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Segunda-feira, 12 de Agosto de 2019

Nunca

Esconde-te.
Guarda a dor da desilusão, da injustiça.
Afoga a mágoa.
Reflecte.
Aprende.
Defende-te.
Reinventa-te.
Perdoa, mas...

Nunca esqueças. 

 

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Bjs,

 

Ana

publicado por Leogirl às 17:06
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Quarta-feira, 31 de Julho de 2019

Caminhos

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Não sei quando foi, mas houve, certamente, uma altura qualquer no caminho em que me perdi. Arrisco dizer, em que me quis perder. Em que a familiaridade de alguns dos trilhos conhecidos de trás para a frente e de frente para trás perdeu o encanto. Não os esqueci, apenas perdi a vontade de percorrê-los. Alguns, simplesmente e sem aviso prévio, deixaram de estar disponíveis para as minhas caminhadas, de outros distanciei-me naturalmente, procurando outros destinos no mapa. Nem sempre foi um afastamento pensado, planeado... Mas acabou por ser, de algum modo, justificado, por um ou mais motivos. Nalguns casos, talvez lamente, noutros, confesso, tornou-se indiferente, com o passar do tempo.
Mas também há estradas em que costumava passear de modo seguro (achava eu) e que, com a passagem das estações, vim a aperceber-me de que estavam cheias de armadilhas, ocultas por mera conveniência. Ah, mas o tempo e as atitudes revelam tudo... Os buracos no chão (e no carácter); as areias movediças (ou serão as personalidades traiçoeiras?); as poças (e as almas) fétidas e lamacentas; as pedras em que tropeço, que não passam de obstáculos intencionais...
Riscá-los do meu mapa: é isso que tenho de fazer. Que não me faltem a coragem e a força para nunca me esquecer de trilhar o meu caminho.

 

Bjs

 

Ana

publicado por Leogirl às 17:37
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Segunda-feira, 20 de Agosto de 2018

Quebra-corações

Há peças tão maleáveis que cabem em qualquer espaço, mas, na realidade, não encaixam em lugar algum... 🌧

 

20180819_233400.jpg

 bjs,

 

Ana

publicado por Leogirl às 00:53
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Quarta-feira, 6 de Setembro de 2017

Reflexões de madrugada

Não há só um caminho certo, uma opção correcta, uma decisão 100% adequada.

O que transforma as nossas escolhas em acertadas é a convicção com que as fazemos,

a intensidade, a verdade, a intenção, a sinceridade...

Até àquela altura (que pode nem acontecer) em que nos questionamos,

em que nos sentimos insatisfeitos,

em que queremos mais e melhor ou apenas algo que nos volte a fazer brilhar os olhos, a vibrar...

Em que mudamos...

E isso não invalida que, naquele momento, a opção anterior deixe de ser boa...

Somos apenas nós que estamos diferentes, que amadurecemos, talvez...

Que redefinimos objectivos e seguimos outro caminho...

Um entre tantos, nesta longa história que é a vida...

E, por vezes, é optando por outro rumo que descobrimos que a estrada inicial,

afinal, era a que se adequava verdadeiramente a nós...

 

21314356_10154957153042913_4513883221980997252_n.j

 bjs,

 

Ana

publicado por Leogirl às 20:12
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Quarta-feira, 12 de Abril de 2017

Infracções

 

Proibiu-se de ter saudades...

Obrigou-se a deixar de desejar

aqueles beijos e abraços...

Enterrou a vontade de querer saber como estava,

a qualquer hora do dia...

Deixou-se de mimos e atenções...

Fez gato sapato do que sentia...

Afogou a paixão...

Engoliu palavras e sentimentos...

Por fim, secou as lágrimas

e apaziguou a dor...

Mas nunca se esqueceu de o amar...

pROIBIDO AMAR.jpg

Bjs,

 

 

 

Ana

publicado por Leogirl às 04:13
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Segunda-feira, 9 de Maio de 2016

Passional note

Vou amar-te sempre. Mas já não estou apaixonada por ti...

Bjs

amor-paixao.jpg

 

publicado por Leogirl às 04:07
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Quarta-feira, 30 de Março de 2016

.

Apagar? Sim!

Rasgar? Absolutamente!

Sem hesitações, remorsos, 

medos ou dúvidas.

Sem saudade.

Sem dor.

Sem tudo aquilo que sempre

me ligou a alguém que,

em muitos dias, foi especial,

tão especial.

Sem amor.

Sim, sem amor.

Só com pena.

Pena de ver aquilo em que

algo e alguém podem transformar-se...

Tão (in)diferentes...
Pena e alívio...
Afinal, os sentimentos também morrem... Até mesmo os mais puros, intensos e duradouros...

writing-process-2.jpg

 bjs

publicado por Leogirl às 16:15
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Quarta-feira, 6 de Janeiro de 2016

À deriva...

Não sei se reme, com todas as minhas forças, com destino a terra por demais conhecida...

Ou se me deixe ir ao sabor da corrente, rumo ao desconhecido que nem sei se existe...

Até lá, o sol vai-me queimando a pele (e a alma) e o sal temperando os dias... neste bote indeciso que é a vida...

Bjs,

 

Ana

deriva.jpg

publicado por Leogirl às 02:58
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Quarta-feira, 28 de Outubro de 2015

11

11.png

O tempo voa! PARABÉNS, OV2P!  :)

 

bjs,

 

Ana

publicado por Leogirl às 16:23
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Quarta-feira, 22 de Abril de 2015

Dia de sol

Hoje apetecia-me agarrar na tua mão e percorrer os recantos de Lisboa...

Andar pelas ruas, sem caminho traçado ou horas que nos condicionem...

Conhecer todos os bancos de jardim,

subir Alfama, até ao Castelo, para espreitar as 7 Colinas,

e ouvir o Tejo, na Ribeira das Naus,

enquanto o sol nos beija a pele...

Tirar fotos com sorrisos parvos e apaixonados...

Comer um pastel de Belém e ficar com canela no nariz,

enquanto passeamos dos Jerónimos até à Torre...

 

Já te disse hoje que GOSTI? <3 :)

bjs

 

Ana

 

dia de sol.jpg

 

publicado por Leogirl às 16:27
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Quinta-feira, 15 de Janeiro de 2015

Até logo...

Não era novidade ou surpresa...

O dia chegara...

A página do calendário que ela não queria ter de recordar...

Ela sabia de antemão...

Mas nunca se está preparado

Para sentir o coração a despedaçar-se,

mais uma vez...

Não há momentos iguais...

Pessoas iguais...

Sentimentos iguais...

Há sim, momentos, pessoas, sentimentos

especiais e únicos...

Raros...

Ele estava aí...

Nessa galeria dos que se guardam e não se esquecem...

Dos que, por algum motivo, ou por muitos,

marcaram e vão ficar para sempre...

Nunca devíamos ter de afastar-nos dos que amamos...

Muito menos, tolerar distâncias forçadas...

 

As lágrimas caem-lhe pelo rosto...

Livres, abundantes, desordenadas...

Com a simplicidade e a pureza

do amor que sempre teve para oferecer-lhe...

cry-baby-love-pixie-lott-sharpie-words-Favim.com-4

 

 

bjs

 

 

Ana

 

 

publicado por Leogirl às 02:49
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